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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Transmutação

















Dentro em mim, de verso em verso,
meu ser, bordado na folha da vida,
às vezes, conflita com o Universo...
Rimas orlam minh’alma confrangida.

Ao contemplar o resvalar encerrado,
muito ao fundo, as férteis tristezas,
desencadeiam zombeteiro contrato,
com os fragmentos das incertezas...

Na embriaguez desses sentimentos,
insto em semear, na interior morada,
prelúdio, da sinfonia dos segredos...
E, executá-la numa divinal cantata!

A alma acariciada com a composição,
arrebatada na sonoridade do amor,
transmuta-se e invade a inspiração,
melodiando nobre ritmo acalentador!


Mimando a fragrância de tanta beleza,
descortino o gérmen da sublimidade...
Harmonizo-me com o bailar da sutileza,
e, num alçar de voo, busco docilidade!

©Daura Brasil, 2008