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quarta-feira, 30 de março de 2011

Noite










Noite!...
Mãe do mistério,
do sono e da morte...
Na penumbra do infindo céu,
todo bordado d’estrelas,
a bela natureza, adormece,
sob a magia do negro véu.

Noite!...
Caminha no Cosmos,
a vontade consciente...
Busca a transcendência,
na morada dos sagrados,
durante o sono físico,
que do corpo é a morte.

Noite!...
No celeiro da meditação,
a alma se harmoniza...
- despe-se das limitações,
alçando para o espiritual!
Seu destino?
Angelical!...

© Daura Brasil
Imagem: Stars in the Sky – allPoster.com 

domingo, 20 de março de 2011

Outono


O Outono desenha singular e encantadora paisagem! 
A Natureza se mostra despida da exuberância do verde. 
As folhagens, matizadas com os tons acastanhados, desprendem-se, embaladas pela sutileza do vento.
Enfeita-se, assim, todo o chão, com um lindo e natural tapete, todo bordado com a graciosidade das cores graduadas.
Em meio a tão magnífico cenário, rebuscado com o sol que debrua o final do dia, a harmonia outonal nos transporta, zelosa, para inspirada e doce nostalgia. 

No Hemisfério Norte, o Outono Boreal, inicia quando o Sol atinge o equinócio a 21 de setembro, e termina quando ele alcança o solstício a 21 de dezembro. 
No Hemisfério Sul, o Outono Austral, inicia quando o Sol atinge o equinócio de março no dia 20, e finda quando ele atinge o solstício a 20 de junho.



Paisagem Outonal

O brilho do Sol, que o verão ladeava,
curva-se para o outono, prazenteiro!
E, descendo d’árvores, dantes faceiras,
folhas acastanhadas flutuam ao vento...

É singular, a meiga cena  da Natureza,
descortinada no palco, e tão graciosa!
Ritmada em ciclos, sempre harmoniza...
- desenhando consonância, caprichosa! 

Soleniza a estação nobre da colheita,
o venturoso outono, que tão garboso,
a sua aprazível apoteose manifesta…
- despindo-se, bastante orgulhoso!

A paisagem outonal sempre retrata,
o reverso dum exuberante vicejar...
- a alma, meditativa, nos segreda,
dourados sonhos para vivenciar!...

© Daura Brasil
Imagens: Internet

terça-feira, 8 de março de 2011

Mulher Poesia















Sempre forte... - frágil criatura!
Celeiro de mimos, que cristaliza;
reluzindo a chama de uma vida,
como lume d’estrelas, cintila...

Se mãe, em sua magnificência!
- Arte sublime do Criador -
Espelhando dócil reverência,
com grandeza celebra o amor.

Como flor de um belo jardim,
emanando alento inebriante,
- feito perfume de jasmim -
se lança sutil na brisa fragrante.

Na tênue poesia que exprime,
graciosa musicalidade acaricia;
inspirada, e toda meiguice...
- harmonia seu coração irradia!

©Daura Brasil
Imagem: Internet - Violetas

segunda-feira, 7 de março de 2011

Mulher, Amor e Poesia










Mulher, Amor e Poesia! Qual a razão para gentil aliar? A mulher, mercê de sua luz interior, irradiante, emana de si a força do amor, versando-o como único sentido verdadeiro da vida.

Coroada com intuição, como fonte afável, viceja o orvalho do consolo, que aviva a confiança, florescendo esperança no coração irrequieto.

A mulher, com agudeza de espírito, deixa pouco, ou nenhum, espaço para a incerteza. Inspirada em seus ideais, e na busca de razões dentro de sua verdadeira natureza, aclara as esferas da consciência, para harmonioso intercambio nas esferas exteriores.

A cada nova experiência, o desafio para uma nova escolha... Vigilante, torna-se intensa interiormente, para exceder-se no que vier... E, como guerreira, em meio às tribulações, atua compreensiva, apaziguando a tormenta.

Encanta a sintonia do processo na vida da mulher: a busca de si mesma e da sutileza do amor a embeleza! Assim, ela se desenha como poesia da vida – mulher poesia!

©Daura Brasil
Imagem: Orchids in Bloom
www.panoramio.com - Photos of de World.

quarta-feira, 2 de março de 2011

O Ser Livre...



















Distanciando da superfície,
alcanço a profundeza!...
Mas não é o mais alto,
e nem o mais entranhado...
- é só um alçar de voo,
em busca de solta agudeza.

Mergulhando na liberdade,
medro canção do prazer...
- fujo do espaço contido,
para o âmago escavar,
sem nenhuma hesitação,
de o espírito ofender...

Revelando com plenitude,
o despejar da opressão,
seduzo, então, o idear...
- de afastar a inquietação,
e sem qualquer desalento,
existir com determinação!

©Daura Brasil
Imagem: http://www.panoramio.com/photo/521224