“Meu
Mestre, foi grande a minha dor enquanto eu afinava as cordas do meu
instrumento. Começa agora a tua música, e deixa-me esquecer o sofrimento!... Ó
meu Mestre, derrama o teu coração nas cordas da minha vida com as melodias que
descem das tuas estrelas”
(Tagore)
(In: 365 dias com os Salmos,
Paulo Bazaglia, Paulus, 1994.)
Zumbi, da liberdade, o grande guerreiro,
Por seu valor pessoal de combatividade,
Do rei Ganga Zumba, tornou-se herdeiro.
Escravos fugitivos do continente americano,
Em movimentos, bravamente organizados,
Chefiados pelo ex-escravo, negro brasileiro,
Enfrentaram o infame combate, rebelados.
Mulheres e crianças clemência imploravam,
Centenas de pessoas morreram na contenda,
Um ano depois da derrota do Palmares, traído,
O Senhor da Guerra, morreu numa emboscada.
Seu povo assistiu seu guerreiro ser degolado,
Num desprezível espetáculo de perversidade,
E o sentimento de revolta, foi então exaltado.
Trezentos anos depois do triste acontecido...
Negro Zumbi, entrou para a galeria dos heróis,
E o Dia da Consciência Negra foi instituído.