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sábado, 30 de março de 2013

Pipoca e Cacau


Vocês podem não acreditar, mas é mesmo verdade! Pipoca e Cacau são dois coelhinhos que falam!

Claro que eles não são iguais aos outros coelhinhos... ora, aí é que está: eles são misteriosos!...

Além de tagarelas, são muito sapecas, e quando estão passeando com o menino Ramiro, surpreendem a todos que os veem conversando...

Ramiro nem dá bola para as pessoas - para ele é tudo muito natural –, além do mais, participa alegremente da conversa...

Numa ensolarada manhã de domingo, foram para um passeio no agradável parque da cidade. Depois de caminharem um bocado, resolveram sentar, para descansar, num dos bancos, sob uma frondosa árvore.

Pipoca, sempre muito atento, logo avistou três crianças, que curiosas se aproximavam... - dois meninos e uma menina. E, como um coelhinho maroto, falou bem alto:

- Olá pessoal, querem brincar com a gente?

O espanto das crianças foi enorme!

- Quem foi que falou?! – disseram todos ao mesmo tempo...

Cautelosos, não sabiam se corriam ou permaneciam ali... Com os olhinhos arregalados, se distanciaram um bocadinho: “se mais alguma palavra fosse dita por aquele coelho maluquinho...” - os três se olharam com um certo receio.

E ficaram mais surpresos ainda – mas não correram - quando ouviram Cacau retrucar:

- Não fale com estranhos, Pipoca!

Pipoca ficou calado por instantes... depois, virou-se e encarou Cacau.

- Por quê!?

Ramiro prontamente interveio entre os dois coelhinhos, e ralhando com eles, disse-lhes para não discutirem na frente das crianças, pois não dariam bom exemplo.

Amuados, Pipoca e Cacau aquietaram-se, e pareciam tristes...

As três crianças, mais confiantes, aproximaram-se novamente... Chiquinho, o mais afoito, até passou a mão na cabecinha dos dois coelhinhos, como que dizendo: “fiquem tranquilos, nós gostamos de vocês!”. As outras duas crianças, sorrindo, assentiram com um movimento da cabeça.

Os dois coelhinhos entenderam o afago. Felizes, só desejavam continuar na companhia carinhosa daqueles pequenos...
Cacau, bastante arrependido de ter desconfiado daquelas belas crianças, pediu desculpas, dizendo que os queria como amiguinhos!

Ramiro também ficou satisfeito. E, acabou por prometer que na semana próxima, no domingo de Páscoa, Pipoca e Cacau trariam um saboroso ovo de chocolate para cada um deles.

-Vamos trazer sim! - afirmou Pipoca – afinal, somos um dos símbolos da Páscoa: “o símbolo da fertilidade”, ora!

- Com muito orgulho! - enfatizou Cacau.

Chiquinho e seus dois primos, Joãozinho e Teresinha, bateram palmas de contentamento! E queriam prolongar a conversa com os mais novos e especiais amiguinhos...

Mas, Ramiro desculpou-se, pois, sabia que os seus pais o aguardava para o almoço de domingo. Confirmou, então, que na Páscoa, viriam logo cedo, com uma bola para brincar e os ovinhos para presenteá-los!

Descontraídos e felizes com aquele encontro tão gostoso e diferente, seguiram juntos para a saída do parque, e cantarolavam, com ar festivo, uma música que todos conheciam, até mesmo os dois graciosos coelhinhos!
                     
*   *   *
Coelhinho da Páscoa

Coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim?
Um ovo, dois ovos, três ovos assim!
Um ovo, dois ovos, três ovos assim! 

Coelhinho da Páscoa, que cor eles têm?
Azul, amarelo e vermelho também!
Azul, amarelo e vermelho também! 

Coelhinho da Páscoa, com quem vais dançar? 
Com esta menina que sabe cantar!
Com esta menina que sabe cantar!

Coelhinho maroto, porque vais fugir?
Em todas as casas eu tenho que ir!
Em todas as casas eu tenho que ir!

Historinha de uma carinhosa amizade entre encantadoras crianças e dois graciosos coelhinhos, para enfeitar a Páscoa!

©Daura Brasil
São Paulo - 2008 

sábado, 16 de março de 2013

Sublime Conexão
















Na meia-luz crepuscular, entardecia!... 
O belo e último raio de sol, alaranjado,
revelava sutil, no horizonte debruçado, 
um encantador desenho da harmonia.

Como é delicioso o pôr do sol apreciar!

Agradavelmente, se fez perfeito silêncio:
respiro lento e profundo, e experiencio, 
acalentada, a mente do ego se equilibrar.

Sinto o pulsar brando do coração físico,

e trago minha consciência, com atenção,
ao sublime conectar da doce vibração...
- na luz do coração, contemplo e medito.

© DauraBrasil
São Paulo – 2013
Imagem Google