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domingo, 27 de maio de 2012

Triste Canto



Triste Canto 

O anoitecer cai sobre a simplória vila,
faz-se presente, o luar belo e mágico!
Tudo agora reflete a enaltecida calma,
das humildes pessoas desse povoado.

Não sei quem circunvaga tão sozinho,
por entre as ruelas e num desabafo,
chora a saudade do amor que partiu, 
e entre soluços, um canto é entoado...

Num êxtase, eu escuto o triste cantar,
dentre grande silêncio e tão estridente,
que enche d’água meus olhos cerrados,
e combalida, minha alma jaz plangente.

Ansiando pelo sono, rogo-o em prece...
Mas, lá fora, o murmúrio cheio de dor,
buscando encontrar quem mais não tem,
faz-me deixar de sonhar com o amor... 


©Daura Brasil, 2006.

         Foto: Luar, por jaironunes.