O meu sentir, digno de ser calado,
luta,
com os meus sofrimentos;
determinada
em compreendê-los,
debelo
os temíveis argumentos...
Mas,
inócua inquietação do ser,
esculpida
na minh ‘alma dorida,
efeito
de dissonantes momentos,
me
oculta nesse enredo, detida...
Vacilante,
tardo em separar-me,
dos
tristonhos acontecimentos,
enfraquecida
com lembranças,
que
aguçam meus ferimentos.
Procuro
afoita, reconciliar-me,
com
o sentir, condescendente,
osculando
meus sentimentos,
serenando-os,
cautelosamente.
Cortejando
doce paz interior,
abrando
algozes memórias,
ornando,
com a sensibilidade,
poetizando
felizes histórias!...
©Daura Brasil - São Paulo, 2005
Imagem: Sweet Sensibility by Louissimo